“Senhor, quero dormir,
Um sono profundo, reparador,
Não me deixe sucumbir,
Sonos confusos, de intenso pavor,
A negritude da noite é minha cor.
Pernoito em Jerusalém, perambulo pela Macedônia,
Cristão errante implorando alívio,
Noites entrecortadas de insônia,
Não alcanço o perfume do lírio,
Sua brancura, só nos meus delírios
Cansei do frio da noite,
Do escuro da casa vazia,
Do furor do vento, seu açoite,
Do gemer do moribundo que partia,
Da avalanche da tormenta que enfurecia.
Não quero mais ser um morto,
Um ser absorto,
Perdido no pensamento revolto;
Preciso do verde da esperança,
Da paz do sono da criança!”
Após prolongado sofrimento,
Portador de longa enfermidade,
O idoso ajoelha-se aos sacramentos,
Clama, aos céus e à terra, piedade,
Não suporta mais viver na ansiedade.
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Bela poesia... Confesso que não conhecia Izabel Grispino.
ResponderExcluirSeu blog é excelente. Adorei.
Beijos.