O homem, ser efêmero,
Tende a amar o que é eterno,
Crer na eternidade dá sentido à vida,
Negá-la é cair no sepulcro sem saída!
A vida, existência tão fugaz,
Estampa a imagem do perene,
O infinito lhe surge como ponto certo,
Consola a alma, com o sonho do eterno!
Na vida, tudo passa, nada fica,
Só as lembranças, profundas e persistentes,
Permanecem nos corações,
A saudade pulsa sofrida, sem ilusão!
Como é doloroso pensar
Que tudo termina nesse andar,
A continuidade é a esperança do cristão,
A vida no além surge como bênção!
Sentimentos enraizados sem ter aflorados,
Crê-se que são pelo infinito guardados,
O homem espera que uma outra vida
Lhe trará a ventura perdida!
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