Um grande problema na educação dos filhos e dos alunos é saber como colocar limites. A rebeldia, quando não freada ou corrigida, provoca comportamento anti-social. A criança, que não está acostumada a ser contrariada, diante de pais permissivos, torna-se exigente. Quando quer uma coisa e não recebe na hora, faz pirraça, grita, chora, joga-se no chão.
Quem educa precisa encontrar o meio-termo, o equilíbrio, não ser autoritário e nem permissivo. Ceder quando achar razoável e repreender sempre que se fizer necessário.
Contudo,é importante conhecer aspectos que influenciam na reação infantil. Os pais não devem sobrecarregar as crianças de atividades, permitindo-lhes uma infância tranqüila. Crianças até os 5 ou 6 anos devem, principalmente, se divertir. Quando não têm muito tempo para brincar, não desenvolvem a criatividade e nem têm chance de ter iniciativa. A natação, por exemplo, é uma atividade importante, faz bem à saúde e é fator de integração social. Criança que sabe nadar não fica deslocada nos ambientes que freqüenta.A natação desenvolve reflexos e coordenação motora favoráveis a ela. As outras atividades, como balé, música, tênis, futebol, são aconselhadas quando a criança demonstra interesse, o que ocorre por volta dos 6 anos.
Esses aspectos da natureza infantil ajudam os pais, os educadores a se integrarem melhor no comportamento da criança. O que importa, acima de tudo, é manter uma atitude coerente e firmeza no ato negativo. Quando o não é dito, deve ser mantido.
Os filhos precisam ouvir o não. Mesmo que na hora fiquem aborrecidos, não ficarão com traumas e nem frustrados por isso. O que pode causar problemas no futuro é uma educação sem limites. A criança precisa aprender a lidar com limites e frustrações, eles fazem parte do seu desenvolvimento e devem ser ensinados com amor e carinho.
Os filhos devem ser criados para o mundo, por isso devem receber uma educação que os tornem capazes de enfrentar as vitórias e as decepções que virão pela frente.
A revista Viver Psicologia publicou uma análise interessante do comportamento infantil, de autor desconhecido, que vale à pena conferir.
“Pedido de uma criança a seus pais”
Não tenham medo de serem firmes comigo. Prefiro assim. Isto faz com que me sinta mais segura.
Não me estraguem. Sei que não devo ter tudo que quero. Só estou experimentando vocês.
Não deixem que eu adquira maus hábitos.
Não me corrijam com raiva e nem na presença de estranhos. Aprenderei muito mais se falarem com mais calma e em particular.
Não me protejam da conseqüência de meus erros.
Não levem muito a sério minhas pequenas dores. Necessito delas para obter a atenção que desejo.
Não sejam irritantes ao me corrigirem. Se assim fizerem, poderei fazer o contrário do que me pedem.
Não me façam promessas que não poderão cumprir depois. Lembrem-se que isto me deixará profundamente desapontada.
Não ponham à prova minha honestidade. Sou facilmente tentado a dizer mentiras.
Não me mostrem um Deus carrancudo e vingativo. Isto me afastará dele.
Não desconversem quando faço pergunta, senão eu procurarei nas ruas as respostas que não obtiver em casa.
Não se mostrem para mim como pessoas perfeitas e infalíveis. Ficarei extremamente chocado quando descobrir algum erro de vocês.
Não digam que meus temores são bobos, mas, sim, ajudem-me a compreendê-los.
Não digam que não conseguem me controlar. Eu julgarei que sou mais forte que vocês.
Não me tratem como uma pessoa sem personalidade. Lembrem-se que tenho o meu próprio modo de ser.
Não vivam me apontando os defeitos das pessoas que me cercam. Isto criará em mim desde cedo um espírito intolerante.
Não se esqueçam que gosto de experimentar as coisas por mim mesma. Não queiram me ensinar tudo.
Não desistam de ensinar o bem, mesmo que eu pareça não estar aprendendo.
No futuro, vocês verão em mim o fruto que plantaram.
* * *
Este tópico inspirou-me a poesia que transcrevo abaixo:
CRIANÇA
Criança, aurora que desponta para a vida,
Gotas de orvalho que suavizam a existência,
Inocência, no tempo, perdida,
Filete de sol, ancorando-se na humana competência.
A criança é o mundo de amanhã,
Tratá-la com carinho e com firmeza,
Prepará-la para uma sociedade cidadã
É conferir, aos futuros dias, força de nobreza.
Ela representa a essência da vida,
Não corromper seus valores inatos,
De princípios morais ser enriquecida,
Para, na transformação social, exercer seu grande mandato.
De sua formação depende o mundo de paz,
O equilíbrio ou o desequilíbrio social,
Ela é a primitiva semente que traz
O trigo abundante ou a planta letal.
(Capítulo do Livro Prática Pedagógica, escrito por Izabel Sadalla Grispino)
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