quarta-feira, 28 de julho de 2010

A VIDA NA VIRADA DO TEMPO

As ondulações do ritmo da vida,
A passagem pelas diferentes fases,
Estampam características iguais,
Dão, a cada etapa, sentimentos especiais.


A infância é a aurora que desponta cor-de-rosa,
O olhar curioso para um mundo encantado,
Conto de fadas, permeando o imaginário,
Ingenuidade acariciada, alegria por quase nada.


Aos 18 anos vivemos o sonho do paraíso,
A crença no futuro, a descoberta do amor,
Conquistar o mundo, coragem para voar,
São alentos que a vida coloca para os degraus se escalar.


30 anos, idade em que a pessoa se sente plena,
Busca avidamente a sua realização,
Já tem um passado a olhar e com ele se engrena,
Constitui família, se firma na profissão.


Aos 40 e 50 anos as desilusões vão se acentuando,
As linhas do destino sua face delineando,
Fica patente o egoísmo, a hipocrisia,
E o ser embarca numa guerra fria!


Chega-se à idade madura, à velhice,
As inquietações vão se acalmando, se equilibrando,
Já se descarregou, pelo caminho, fardos pesados,
Jogou-se fora muita coisa, o barco ficou menos carregado.


Na velhice, há a contrapartida da fé, do conforto da oração,
A profunda convicção da prática do bem,
O despejar das vaidades, o coração valorizado,
Onde a paz torna-se chave do seu principado.


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