terça-feira, 30 de novembro de 2010

Novidade!!

Boa Tarde Pessoal!!
Colocamos mais algumas poesias no site www.izabelsadallagrispino.com.br
Agora são 164 poesias escritas por Izabel Sadalla Grispino!
Visitem o site e confiram!
Um grande abraço!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A ESCOLA E SEU NOVO SEMBLANTE


Em dezembro de 1998, fui paraninfa do grupo de formandos de um curso normal. Proferi, na ocasião, uma “Oração ao Magistério”, poema de minha autoria, onde, ao lado da conceituação que formulo de magistério, do sentimentalismo, do lirismo que essa função me evoca, coloco os principais passos da metodologia da escola de hoje, aspectos que me levaram a publicá-la. Essa oração servirá, sem dúvida, de reflexão aos professores e de ajuda ao seu trabalho diário, em sala de aula.
O curso normal, nos moldes atuais, caminha para a extinção; passa por reformulações. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) prevê a criação de Institutos Superiores de Educação, um modelo alternativo de formação de professores da educação básica. Essa criação não significa o fim de outros mecanismos de formação. A Pedagogia, que tem uma habilitação em magistério, continua existindo. O que se quer é uma nova opção.
De acordo com a LDB, os Institutos manterão cursos formadores de profissionais para a educação básica, inclusive o Curso Normal Superior, destinado a formar professores para atuar na educação infantil e nas  primeiras séries do ensino fundamental (1.ª à 4.ª série) e dar uma formação inicial para os profissionais que quiserem ingressar nos cursos de nível superior para docentes. Destina-se, também, para habilitar professores para atuar em educação indígena e educação especial.
O curso pode ser concluído em três anos, desde que seja ministrado em período integral, com disciplinas organizadas em núcleos relacionados entre si. As atividades práticas (os atuais estágios) deverão ser realizadas durante o curso, ao invés de se concentrarem no final da formação, como ocorre atualmente.
É uma nova esperança que surge na melhoria da formação docente.


* Supervisora de ensino aposentada       
(Publicado em agosto/2000)

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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Expressões de Amor


Há muitas maneiras de se expressar o amor,
A flor, ao desabrochar, entoa o seu hino de amor,
As aves, arrebanhando os filhotes a seu redor,
Aconchega-os, dá-lhes de comer, um primor!

Amor não se expressa só por palavras,
Cuidar da casa, da comida, da educação,
Prestar ajuda, acolher, são formas de amor,
Que têm na gratidão sua maior expressão.

Olhar com ternura é espelhar amor,
Voz carinhosa, atenção, abraço,
Oportunidades que se oferecem a alguém
São gestos de amor, que vão e que vêm.

Às pessoas que nos apoiaram,
Que na trajetória nos estenderam a mão,
Tiveram de nós alguma expressão de reconhecimento?
Demonstramos, em ação e sentimento, nossa gratidão?

Alguém conhece um ingrato feliz da vida?
Um egoísta que só quer receber?
Aquele que tem suas portas fechadas,
Tem, também, luzes sempre apagadas!
                    

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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Novidade!

Boa Tarde Pessoal!

Informamos que o site www.izabelsadallagrispino.com.br contém agora 160 poesias escritas por Izabel, sendo elas 52 declamadas e 108 formatadas em pps!
Gostaríamos de convidá-los a conhecer o site que possui, além das poesias, artigos educacionais também escritos por ela, o livro Prática Pedagógica e alguns pps recebidos por email.
Um grande abraço a todos!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O Hábito da Leitura

Retorno a um ponto capital da escola na formação do educando: o hábito da leitura.
A criança, para se tornar um leitor, deve ter uma relação de companheirismo com os livros, conviver com contos, romances, poesias, textos de teatro, obras populares, obras clássicas da literatura nacional e internacional, sempre ajustados à sua faixa etária. Esse convívio com os livros facilita o incentivo do hábito de ler.
A leitura freqüente leva a uma melhor escrita; quanto mais se lê, mais domínio se tem sobre o texto escrito; leva a um raciocínio mais apurado, a um mais alto nível de inteligência, a uma habilidade expressiva aprimorada. A psicologia vem demonstrando que existe uma correspondência estreita, uma forte correlação entre o nível de vocabulário e o quociente de inteligência, isto é, entre o domínio da linguagem e a inteligência. Quanto maior o número de palavras, quanto mais elaboradas as comunicações – por exemplo, entre as crianças e o adulto – mais potencializado fica o desenvolvimento da sua inteligência.
A leitura deve ser diversificada, de gêneros literários diferentes. Uma leitura atenta ao conteúdo, à forma de escrever, às regras gramaticais, tentando captar o que está nas linhas e, também, nas entrelinhas,  isto é, o que está implícito no texto. Para tanto, o aluno deve ser orientado a uma leitura cuidadosa, instigado a ver além do que está simplesmente escrito.
A qualidade do ensino passa pelo hábito da leitura e a escola não pode mais deixar o estímulo à leitura por conta da família, de sua herança cultural, conforme fazia no passado. Hoje, a rede pública conta com uma clientela bem diferente, de um nível sociocultural empobrecido e compete a ela encaminhar a criança, e até mesmo sua família, à leitura.
A escola precisa reservar em sua organização curricular, em seu projeto pedagógico, um lugar especial para a leitura, para a literatura. Ela deve promover atividades que intensifiquem a prática da leitura. Criar, inovar formas de tratar o texto literário. Idealizar espaços para a leitura, enriquecer o acervo de sua biblioteca, com variedade de textos que sejam representativos das diferentes faixas etárias e da cultura heterogênea de nosso povo. Emprestar os livros não só para os alunos, mas também para seus pais e para toda a comunidade, melhorando o seu ambiente, elevando o grau de cultura geral. A escola faz da criança um veículo para a formação do hábito de leitura nos lares mais carentes, incentivando a leitura em casa. A idéia é do livro passar a fazer parte do cotidiano dos estudantes e de seus familiares. Segundo especialistas do MEC, é na faixa etária correspondente às 4.ªs e 5.ªs séries que as crianças começam a ter fluência na leitura e podem cultivar o hábito.
A escola deve criar a hora do conto, podendo, neste setor, obter, inclusive, a colaboração dos pais, que queiram dedicar um tempo para a escola, lendo ou contando histórias para as crianças. Nessas circunstâncias, o voluntariado exerce um papel tão importante, no despertar do gosto pela leitura, quanto o próprio especialista da educação. Nas histórias lidas ou contadas, deve-se ater à expressividade; ler ou falar com entonação, com ênfase em determinados momentos, respeitando as pontuações, as exclamações, as interrogações, as reticências, despertando emoções, provocando reflexão, criando verdadeiros recitais. Esse ambiente de representação recupera a arte, que foi deixada para trás, da récita.
A escola pode convidar escritores, contadores de histórias, declamadores de poesia, incentivando e motivando o universo imaginário da criança. Estas são algumas das ações que se transformam em efetivos instrumentos pedagógicos, capazes de conduzir o aluno ao prazer da leitura e a escola ao significado maior que a literatura empresta ao seu currículo.
Essa preocupação da escola com a leitura intensificou-se,  principal-
mente, depois do resultado do “Programa Internacional da Avaliação de Alunos”, que mostrou, em 2001, o grande fracasso dos alunos brasileiros, em relação à leitura e  ao entendimento de texto. Só um longo descuido da escola explica esse desastroso resultado! É, como se diz: “Depois da porta arrombada coloca-se a tranca”.
Em 1997,  através  do  Sistema  de Avaliação do Ensino Básico  (Saeb), o MEC coletou informações para averiguar se a escola estava ministrando um ensino de qualidade, se a educação estava formando cidadãos capazes, inseridos no mundo atual. O resultado foi bastante desolador. Revelou que o baixo aproveitamento e queda do nível de aprendizagem aumentavam à medida que as séries avançavam e isso vem se confirmando desde as avaliações feitas a partir de 1990. Em alguns casos, nenhum aluno conseguiu dominar os conteúdos mínimos da série em que estava.
Na análise de texto, não houve interpretação e raciocínio, revelou o estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), feito por especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU), chamados pelo MEC para avaliar o fraco desempenho dos alunos, constatado no último Saeb.
Essa entidade sugeriu mudanças. A título de exemplo, citaremos as mudanças no ensino de português: “O modelo de ensino de português deve ir além dos livros didáticos; o aluno deve ter contato com textos diferenciados, desde os literários aos mais comuns, contato com jornais, revistas e até mesmo com manuais de instrução”.
Um outro aspecto revelador da decadência do ensino veio do resultado do questionário aplicado aos alunos pelo Exame Nacional de Cursos, o Provão. Mostrou que os universitários brasileiros lêem pouco e, como conseqüência, são pouco criativos, pouco afeitos à pesquisa, à curiosidade científica.
No Brasil perpetua-se a cultura oral, de ouvir falar. A falta de hábito de leitura mostra que estamos formando profissionais medíocres, divorciados das fontes escritas da civilização. O Provão revelou que, na média nacional, 20% dos estudantes não leram nenhum livro no ano de 1998, exceto os escolares. Em São Paulo, o índice cai para 18%. Apenas 23,6% dos alunos leram mais de 4 livros em 12 meses.
O mais triste é que o aluno pode aprender, na escola, a não ir além do que o professor manda. Quando acontece de o aluno tomar a iniciativa de avançar, o professor interfere, possivelmente amedrontado, impedindo o seu crescimento pessoal. Usa da prerrogativa de que a orientação recebida é mais do que suficiente.
Jacinto Brandão, então coordenador do vestibular e vice-reitor da Universidade Federal de Minas Gerais, lamentou o baixo índice de leitura entre os universitários e concluiu:  “Os que não lêem e não têm contato com os diversos tipos de texto, certamente, terão maior dificuldade no mercado de trabalho, em razão da falta de autonomia intelectual”.
 A falta de curiosidade é a razão da falta de interesse pela busca da leitura, dizem os especialistas, e isso se refletirá na carreira profissional. Este profissional será, sem dúvida, mais passivo, mais acomodado.
A leitura é a chave que abre as portas da realização profissional, do sucesso.

(Capítulo do Livro Prática Pedagógica, escrito por Izabel Sadalla Grispino)


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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A DIDÁTICA DA SENSIBILIZAÇÃO


A didática para a modernidade leva o aluno a vivenciar as situações de aprendizagem. A teoria é porta aberta para a prática. Diferentemente do passado, o ensino, por exemplo, de música, antes das notas musicais, é dirigida à sensibilidade do aluno. Nas aulas de iniciação musical, a criança aprende a sentir e a entender um pouco mais sobre música. Ao invés de decorar as notas musicais, como sempre se faz tradicionalmente, a criança dança ao lado dos colegas, ao som de valsas, sambas, ritmos populares, folclóricos. Aprende a identificar o som de cada instrumento e se diverte ao tocá-los. Mais tarde irá estudar as notas musicais.
As crianças aprendem, na iniciação musical, a escutar e a apreciar a música, preparando-se para no futuro ser admiradoras de música,  quando não músicos. Isso significa ir além do ensino das notas musicais.
As crianças ficam em contato com músicas diferentes, de outras culturas, diferentes ritmos e têm plena liberdade para escolher o que querem. Vão, aos poucos, adquirindo consciência musical e desenvolvendo a criatividade.
O estudo pela música deve se iniciar cedo, logo na Educação Infantil. Grandes gênios da música começaram ainda pequenos. O austríaco Wolfgang Amadeus Mozart começou a mostrar seu talento musical aos 5 anos de idade, quando criou suas primeiras composições, para o espanto de sua família. Seu primeiro instrumento foi o cravo. O alemão Ludwig van Beethoven começou a tocar piano muito cedo e aos 11 anos já tinha composto suas primeiras sinfonias. O alemão Johann Sebastian Bach começou a tocar órgão aos 10 anos. O austríaco Johann Strauss começou a tocar violino ainda pequeno. É conhecido como o pai da valsa.
O brasileiro Heitor Villa-Lobos foi um dos mais importantes músicos de sua época. Começou a tocar clarineta aos 12 anos e aos 15 já tocava violoncelo e violão.
No processo moderno de ensino, despertar o gosto pela música, descobrir vocação começam por um processo bem mais divertido: vivenciando, saboreando a própria música.
Diferentes procedimentos pedagógicos, dependendo do assunto, fazem a teoria virar aula prática. Exemplos de criatividade não faltam para dar à matéria tratada um significado tangível, quase palpável. Uma determinada escola, ao querer passar aos alunos noções sobre o meio ambiente, sobre sua preservação e sua degradação, idealizou um projeto Barco Escola. Estudantes do ensino fundamental são levados, pelos professores da área, a passear de barco por rios, de preferência, poluídos. Passam a conhecer de perto espécies de fauna e flora da região, observando piranhas e plantas aquáticas. Percebem a relação de causa e conseqüência, sentindo responsabilidade pela ecologia.
Esse passeio de barco não só desenvolve a comunicação, o comportamento social dos alunos, como complementa prazerosamente o aprendizado teórico da sala de aula. O aluno,vivenciando a problemática ambiental, sensibiliza-se e passa avante, como um alerta, despertando a conscientização da comunidade.
Em todas as áreas do conhecimento são pensadas atividades que levam os alunos a desenvolver conceitos, observando-os na prática. A iniciação, por exemplo, ao hábito da leitura surte bem mais efeito quando a criança participa ativamente da leitura em conjunto. Nas rodas de leitura, o professor lê, em círculo, conjuntamente com as crianças. Os livros são lidos com paradas para comentários, reflexões. Quando a criança julgar necessário, durante a leitura, ela externa sua opinião, pede esclarecimentos, tornando a leitura movimentada, dialogada.
É bem mais suave e interessante a  leitura integrada. O aluno não precisa se isolar ou ler por obrigação. Outra maneira de conquistar a criança para a leitura, de sensibilizá-la para os livros, é a já consagrada “hora do conto”. São leituras participativas, vivenciadas em suas histórias, na companhia de todos da classe.
Segundo divulgação da mídia, o professor terá, no próximo ano, no ensino fundamental uma grande ferramenta pedagógica, capaz de incentivar a pesquisa e a prática do ensino, qual seja, o computador portátil: o laptop. Todos os alunos da rede pública terão um laptop, um computador que será como um livro que eles possam trazer para a escola e levar para a casa, levá-lo em todos os lugares. Destinado ao aluno carente, toda a família poderá partilhá-lo, incorporando-o à sua realidade.
O laptop fará parte do cotidiano do aluno e não apenas de uma experiência feita na escola. Ele será conectado à rede, quando a criança pode buscar e trocar informações ou ver seu trabalho publicado na internet. A criança vai tomando contato com a sociedade da informação, preparando-se para o novo mundo de trabalho nessa sociedade.
A escola, hoje, prima por um aprendizado que se constrói e o computador é um grande caminho dessa construção. Um caminho para o aluno vivenciar conceitos, entrar em contato, de modo abrangente, com aspectos do conhecimento, colocando-se, gradualmente, na sociedade de informação, que se consolida firmemente.
* Supervisora de ensino aposentada.
(Publicado em dezembro/2005)

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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Estruturar-se para ser Feliz


Quero esquecer as dores de outrora,
Quero secar as lágrimas do tempo,
Segurar a alegria de agora,
Parar o relógio, viver o momento.

Quero saudar a aurora boreal,
Quero acompanhar o vôo das aves,
Com luz, me entregar ao vento sazonal,
Me inspirar, também, no deslizar das naves.

Sempre há espinhos no caule de uma flor,
Balanços sentidos na onda da vida,
E nem todo beijo é de amor.

Por isso, a vida é um barco que navega,
Carregado de esperança nunca vencida,
Quem aprende a amar, sorriso enverga.

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terça-feira, 16 de novembro de 2010

FORMAS DE COMUNICAÇÃO NA INFÂNCIA

O sonho povoa a mente infantil. Imaginando, a criança vai criando, desenvolvendo habilidades de inventar, pensar, raciocinar.
Uma característica revelada pela infância é o hábito de colecionar. Coleciona estampas, cartinhas, bijuterias, brincos, anéis, pulseiras de mão, de pernas, bonecas, garrafinhas... As meninas colecionam tudo que dá para colocar enfeites: lacinho, ursinho, florzinha, adesivos... Os meninos preferem colecionar chaveiros, carrinhos e super-heróis. Coleção é atração tanto para meninos como para meninas. A diferença está na representação que cada um coloca no objeto colecionado. Para as meninas predominam o terno, o meigo, o doce, tons mais claros. Para os meninos, cores fortes, movimento, lutas, armas potentes, como canhões e mísseis.
Pedagogos orientam que essa atividade de colecionar é saudável à criança desde que se ponham limites, que não deixem a criança extrapolar.
A criança precisa ter tempo para brincar. Por isso, incluir  brincadeiras entre a escola, as aulas de judô, de inglês ou outras, é saudável. Há escolas que reconhecem oficialmente o gosto da criança por coleções e organizam, uma vez por semana, para que as crianças levem suas coleções.
Em casa, o canto reservado para brincar vira, em geral, uma bagunça. Os pais devem ordenar para que, depois de brincar, a criança ponha tudo em ordem. Colecionar objetos é uma atividade que atrai muito a criança. Enquanto a coleção não se completa, ela fica ansiosa, agitada, por isso o adulto deve distraí-la, propiciando outras formas de brincadeiras. A criança não deve brincar com uma coisa só. Deve alternar com brinquedos educativos, livros, fitas, fantasias para vestir... Deve interessar-se não só por objetos, mas por correr, pular, jogar, nadar...
As brincadeiras ajudam a criança a se desenvolver. Ao colecionar objetos, as crianças os trocam não por seu conteúdo, mas pelo prazer da troca, do contato, tornam-se observadoras do desenho, da figurinha, da apresentação. Sentem prazer em mostrar a coleção, comparar e trocar. A coleção é o meio para a criança entrar em contato com o outro. É quando ela desenvolve a fala, fase fundamental para a comunicação, porque da fala sai a escrita. No brincar, a criança fala e usa representação para conversar e uma criança que não fala tem dificuldade de escrever. Quando ela explica o desenho, o brinquedo, como brincar, vai desenvolver também o raciocínio.
Psicólogos e pedagogos dizem que a coleção, a troca, são formas de comunicação, uma comunicação na brincadeira. A criança deve viver seu período infantil com liberdade. Na descontração, no lazer, ela vai se estruturando e se preparando para o futuro. Ao chegar no ensino fundamental, a criança começa a ter agenda cheia e passa a ser menos livre.
Ampliando a abordagem do comportamento infantil, uma séria preocupação dos pais e dos educadores é a permanência prolongada da criança frente à TV, quando ela desenvolve um outro tipo de comunicação, a comunicação solitária. Essa criança pertence à geração digital, nascida sob a febre da tecnologia e do consumo.
Uma pesquisa divulgada em outubro de 2003, pela Fundação Kaiser para Família, uma instituição filantrópica, independente, com rede na Califórnia (EUA), realizada com 1.065 pais, com filhos de até 6 anos, nos Estados Unidos, alerta para um problema que vem crescendo: a mídia dentro do quarto. Cerca de 30% das crianças possuem TV no quarto,  uma em cada 4 (27%) tem vídeo,  uma em cada 10 possui videogame e 7% têm computador. Controlar a criança no seu quarto fica mais difícil para os pais e a pesquisa conclui que essas crianças assistem à TV 22 minutos a mais que as outras e lêem menos cerca de 6 minutos, diários.
Cecília von Feülitzen, coordenadora científica da Unesco para estudos sobre as crianças e a violência na tela, diz que “crianças acostumadas ao entretenimento solitário crescerão jovens e adultos mais solitários”,  mas não descarta  a existência de qualidades em alguns aspectos. A criança desenvolve a observação, o raciocínio, é mais antenada com os problemas da atualidade, mas, necessário se faz orientá-la, analisar com ela programas, introduzindo-a, aos poucos, na análise crítica das programações e, especialmente, dosar sua permanência frente à TV.

(Capítulo do Livro Prática Pedagógica, escrito por Izabel Sadalla Grispino)


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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Homenagem à Izabel

Bom dia!
Diariamente nos dedicamos a publicar poesias e artigos educacionais elaborados pela educadora e poetisa Izabel Sadalla Grispino, visando a divulgação das obras que ela, carinhosamente, se dedicou a escrever.
Mas para quem conhece o site de Izabel ou para quem ainda não teve a oportunidade de visitá-lo, homenagens foram divulgadas lá, reconhecendo o trabalho de divulgação de seu esposo, sr. Francisco G. Grispino, e a importância dos artigos publicados.
Vimos a importância de colocar algumas homenagens aqui no blog, para que vocês, leitores e apreciadores de artigos e poesias, possam conhecer um pouco mais a história de Izabel Sadalla Grispino.
Para visualizar melhor o artigo, clique na imagem.
Visite o site! www.izabelsadallagrispino.com.br



quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Novas Experiências Educacionais

Atualização constante, reciclagem de conhecimentos, experiências educacionais em sintonia com as mudanças mundiais, são pré-requisitos para uma segura atuação docente.
A educação básica tem se preocupado cada vez mais com a educação integral. Na educação infantil, fase da formação do caráter, o ambiente escolar é focado na educação. Garantem-se todos os direitos da criança, especialmente o de brincar. Brincando, ela vai aprendendo regras, noções de ordem, espaço. Torna-se mais independente, sabe escolher e é mais sociável.
Escolas há que vêm adotando novas propostas educacionais. Nelas só se ouve, praticamente, a voz dos alunos. Entendem que o professor não precisa levantar o tom de voz para falar a uma criança. Ela compreende o que se quer dizer quando se fala olhando diretamente nos olhos. Nessas escolas, apesar de bem pequenas, as crianças não andam em filas, não sentam em carteiras enfileiradas e não são obrigadas a desenvolver nenhuma atividade que não queiram. Primam pela individualidade e independência. Contudo, observa-se que as crianças respondem prontamente aos chamados, o que, geralmente, são convites para atividades agradáveis, programadas.
Os estímulos para a aprendizagem estão por toda a parte, desde as pinturas no chão, até as cestas de lixo. A criança vai adquirindo visão das coisas, de modo mais saudável, mais ordeira. Elas se encarregam de transmitir à família, aos pais, conceitos adquiridos na escola, como, por exemplo, costumam chamar atenção quando alguém joga papel na rua ou quando alguém fala palavrão. A criança é um grande veículo de educação na comunidade.
As escolas trabalham muito integradas com os pais. A pintura dos desenhos do chão é, por exemplo, mudada periodicamente e os pais oferecem-se para fazer retoques, assim como participam diretamente de outras atividades.
Ultimamente, vem-se notando que os pais estão ficando cada vez mais dependentes da escola. Eles delegam à escola parte da responsabilidade que são deles e o reflexo dessa transferência é o aumento da procura pelo ensino em período integral. O que parece é que eles dão excesso de liberdade aos filhos, necessitando, depois, de freios externos. Outros não sabem como lidar com certos problemas, como o das drogas e necessitam da ajuda da escola.
É preciso que os pais se conscientizem de que a escola tem um papel complementar na educação de seus filhos, embora faça parte de seu papel discutir sexo, drogas, cidadania, valores morais, respeito ao meio ambiente...
Uma pesquisa realizada pelo Sistema Anglo de Ensino, no fim de agosto de 2003, com pais de alunos matriculados em escolas de educação infantil, até em cursinhos do País todo, revela que os pais querem uma escola disciplinadora, que discuta todo tipo de assunto com seus filhos, em especial as drogas. O estudo foi realizado com 16 mil famílias de classes  A e B que têm filhos em escolas particulares e mostram essa dependência dos pais às escolas, fato que os educadores e psicólogos já haviam constatado na prática.
Quando questionados, em três itens principais, sobre o que os levariam a mudar o filho da escola, a resposta, em ordem decrescente, foi: a) problemas com drogas (68,9%), b) o aumento das mensalidades (43,8%) e c) o pouco rigor na disciplina (32,4%). Sobre as características mais importantes que os levariam a escolher uma escola, os pais colocaram, em primeiro lugar, o bom ensino e os bons professores (74,1% das respostas), em segundo, um “método moderno” (50,4%) e, em seguida, a mensalidade adequada ao orçamento (35%). Segundo o Sieesp, a mensalidade média, na rede particular em São Paulo, gira em torno de R$ 500,00.
Os pais ao serem consultados sobre o que esperam da escola com relação às drogas, deram as seguintes respostas: 71,6%, orientação e campanhas de combate ao uso; 64,5%, fazer parcerias para programas de prevenção; 27,9%, repelir duramente e 3,4%, não deve tratar do assunto.
Uma outra  séria questão diz respeito à orientação de prevenção, para crianças de 4 a 6 anos, à aids e a doenças sexualmente transmissíveis. Até pouco tempo, discutia-se a viabilidade de tal precocidade, mas a Organização Mundial da Saúde (OMS)  já aplica este novo modelo no Canadá, na Holanda, na Dinamarca e em Cuba, como medida de proteção à saúde, desde a educação infantil.
No Brasil, há uma proposta nesse sentido, quando, pela primeira vez, ela está sendo discutida pelos Ministérios da Saúde e da Educação, com o objetivo de criar uma política nacional de promoção à saúde nas escolas, que iria da educação infantil ao ensino médio. Entende-se que prevenção envolve o desenvolvimento, desde a infância, de competências para a vida, o que a OMS chama de life skills, como assertividade, auto-estima, capacidade de negociação, relações de gênero. Entende-se que prevenção a DSTs, aids e uso abusivo de álcool e outras drogas não pode se limitar à adolescência e deve ir além da abordagem específica desses assuntos.
As crianças que interiorizam esses conceitos desde cedo têm, segundo os especialistas, mais chances de chegar à adolescência menos vulneráveis. Para a consultora do Ministério da Saúde, Marina M. Valadão, “só se deve falar diretamente em camisinha, droga e aids para crianças de 4 anos se elas perguntarem. E elas perguntam e muito; estão sendo bombardeadas com mensagens erotizadas na TV e nos outdoors”. Como os pais não falam com facilidade de drogas e sexualidade, sobra para a escola abordar esses assuntos.
Para transmitir essas orientações, o Ministério da Saúde deverá fornecer aos professores, em 2004, que lecionam desde a educação infantil, amplo material de apoio, onde “aparecem sugestões de atividades específicas para estimular nos alunos formas de pensar que, no futuro, poderão se traduzir em prevenção”. O Ministério da Saúde vem buscando integrar-se ao MEC, para ilustrar conjuntamente os professores.

(Capítulo do Livro Prática Pedagógica, escrito por Izabel Sadalla Grispino)


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