sexta-feira, 29 de outubro de 2010

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Escada Rolante


Imaginemo-nos numa escada rolante,
Imaginemo-na rolando para cima,
Esse seu movimento ascendente
Passos evolutivos ensina.

Crescer na vida, evoluir, se transformar,
São os alvos maiores do ser humano,
Desde os seres primitivos,
O homem vai apurando seus sentidos.

Evoluir para a educação comportamental,
Para se atingir a natureza moral,
Incorporando ao gênero humano valores,
Aceitando as faces de muitas flores e muitas dores.

O respeito é uma virtude fundamental,
É o grande degrau da escala evolutiva,
A criança, que aprende a respeitar,
Torna-se um adulto preparado para o convívio social.

O sonho das ciências, do viver harmonioso,
São, para todos, alentos inspiradores,
Subir nossa escada rolante, com confiança,
É deixar-nos iluminar pela esperança.


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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

PEDIDO DE UMA CRIANÇA A SEUS PAIS



Um grande problema na educação dos filhos e dos alunos é saber como colocar limites. A rebeldia, quando não freada ou corrigida, provoca comportamento anti-social. A criança, que não está acostumada a ser contrariada, diante de pais permissivos, torna-se exigente. Quando quer uma coisa e não recebe na hora, faz pirraça, grita, chora, joga-se no chão.
Quem educa precisa encontrar o meio-termo, o equilíbrio, não ser autoritário e nem permissivo. Ceder quando achar razoável e repreender sempre que se fizer necessário.
Contudo,é importante conhecer aspectos que influenciam na reação infantil. Os pais não devem sobrecarregar as crianças de atividades, permitindo-lhes uma infância tranqüila. Crianças até os 5 ou 6 anos devem, principalmente, se divertir. Quando não têm muito tempo para brincar, não desenvolvem a criatividade e nem têm chance de ter iniciativa. A natação, por exemplo, é uma atividade importante, faz bem à saúde e é fator de integração social. Criança que sabe nadar não fica deslocada nos ambientes que freqüenta.A natação desenvolve reflexos e coordenação motora favoráveis a ela. As outras atividades, como balé, música, tênis, futebol, são aconselhadas quando a criança demonstra interesse, o que ocorre por volta dos 6 anos.
Esses aspectos da natureza infantil ajudam os pais, os educadores a se integrarem melhor no comportamento da criança. O que importa, acima de tudo, é manter uma atitude coerente e firmeza no ato negativo. Quando o não é dito, deve ser mantido.
Os filhos precisam ouvir o não. Mesmo que na hora fiquem aborrecidos,  não ficarão com traumas e nem frustrados por isso.  O que pode causar problemas no futuro é uma educação sem limites. A criança precisa aprender a lidar com limites e frustrações, eles fazem parte do seu desenvolvimento e devem ser ensinados com amor e carinho.
Os filhos devem ser criados para o mundo, por isso devem receber uma educação que os tornem capazes de enfrentar as vitórias e as decepções que virão pela frente.
A revista Viver Psicologia publicou uma análise interessante do comportamento infantil, de autor desconhecido, que vale à pena conferir.

“Pedido de uma criança a seus pais”

    Não tenham medo de serem firmes comigo. Prefiro assim. Isto faz com que me sinta mais segura.
    Não me estraguem. Sei que não devo ter tudo que quero. Só estou experimentando vocês.
    Não deixem que eu adquira maus hábitos.
    Não me  corrijam  com  raiva  e  nem  na presença de estranhos. Aprenderei muito mais se falarem com mais calma e em particular.
    Não me protejam da conseqüência de meus erros.
    Não levem muito a sério minhas pequenas dores. Necessito delas para obter a atenção que desejo.
    Não sejam irritantes ao me corrigirem. Se assim fizerem, poderei fazer o contrário do que me pedem.
    Não me façam promessas que não poderão cumprir depois. Lembrem-se que isto me deixará profundamente desapontada.
    Não ponham à prova minha honestidade. Sou facilmente tentado a dizer mentiras.
    Não me mostrem um Deus carrancudo e vingativo. Isto me afastará dele.
Não desconversem quando faço pergunta, senão eu procurarei nas ruas as respostas que não obtiver em casa.
     Não se mostrem para mim como pessoas perfeitas e infalíveis. Ficarei extremamente chocado quando descobrir algum erro de vocês.
     Não digam que meus temores são bobos, mas, sim, ajudem-me a compreendê-los.
    Não digam que não conseguem me controlar. Eu julgarei que sou mais forte que vocês.
    Não me tratem como uma pessoa sem personalidade. Lembrem-se que tenho o meu próprio modo de ser.
    Não vivam me apontando os defeitos das pessoas que me cercam. Isto criará em mim desde cedo um espírito intolerante.
    Não se esqueçam que gosto de experimentar as coisas por mim mesma. Não queiram me ensinar tudo.
    Não desistam de ensinar o bem, mesmo que eu pareça não estar aprendendo.
    No futuro, vocês verão em mim o fruto que plantaram.
                                      *      *      *
Este tópico inspirou-me a poesia que transcrevo abaixo:

           CRIANÇA
                                     
Criança, aurora que desponta para a vida,
Gotas de orvalho que suavizam a existência,
Inocência, no tempo, perdida,
Filete de sol, ancorando-se na humana competência.


A criança é o mundo de amanhã,
Tratá-la com carinho e com firmeza,
Prepará-la para uma sociedade cidadã
É conferir, aos futuros dias, força de nobreza.

Ela representa a essência da vida,
Não corromper seus valores inatos,
De princípios morais ser enriquecida,
Para, na transformação social, exercer seu grande mandato.

De sua formação depende o mundo de paz,
O equilíbrio ou o desequilíbrio social,
Ela é a primitiva semente que traz
O trigo abundante ou a planta letal.

(Capítulo do Livro Prática Pedagógica, escrito por Izabel Sadalla Grispino)


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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Covardia e Gritaria


Não sugue sua força, sua energia,
Não seja da saúde o próprio vilão,
Pare com seus arroubos, sua mania,
De perder controle da situação.

Prepotência e desequilíbrio
Andam juntos, são da infância irmãos,
Preparam contínuo suicídio,
Se escondem no grito e fogem da ação.

Só é senhor de si quem tem limite,
Quem não joga palavra no escuro,
Quem da ponderação não se omite.

Todo pretensioso é envenenado,
É belo agitador imaturo,
Denuncia-o seu topete armado.

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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

CRIANÇAS COM SOBRECARGA DE ATIVIDADES



Os jovens vivem num mundo que muda num ritmo acelerado,  caracterizado por pressões sociais que os fazem crescer muito depressa. São pressionados a adaptar-se a padrões familiares instáveis, a assumir compromissos, a ingressar mais cedo nas universidades, a participar e a competir nos esportes, em destrezas especializadas. Enfrentam informações e programas  para adultos antes que tenham vencido os problemas próprios da idade.
Estas pressões impõem-lhes maiores responsabilidades, causam-lhes estresse, ao mesmo tempo que redefinem a essência mesma da infância, esclarece o psicólogo Joan Isemberg.
A criança e o adolescente, de hoje, participam de atividades extracurriculares cada vez mais numerosas e exigentes. São atividades tidas como armas para o futuro, as quais, se não dosadas, podem tornar-se estressantes. Elas dividem o seu tempo entre a escola, os esportes e um sem-fim de tarefas.
A escola de meio período pode não cobrir todas as necessidades de aprendizagem da criança, mas complementá-las com uma carga pesada de atividades pode resultar em fator negativo. Muitos pais consideram que as tentações, como a TV, o computador, devem ser enfrentadas com uma agenda completa. Consideram que é preferível ocupá-la a deixá-la permanecer frente à TV, sem controle.
Depois da escola, as crianças estudam idiomas,  computação, músi-
ca, praticam esportes, dança, balé, não se descuidando  das artes, das coisas do espírito – uma expressão artística sempre é enriquecedora.
É uma tendência deste tempo histórico social, com suas aspirações culturais, suas necessidades de conhecimento, de preparação para a vida futura. Porém, é preciso ponderar, estabelecer um equilíbrio, entre o que a criança quer e necessita e o que pode fazer sem se esgotar. Corre-se o risco de se desvalorizar o tempo livre, favorável ao amadurecimento emocional, afetivo e ao desenvolvimento da criatividade. O ócio também é bom e é preciso respeitar as etapas do desenvolvimento infantil, alertam os especialistas.
Quando o jovem está muito preso a horários, passa a viver sob tensão, diante da qual não consegue responder de maneira positiva. Começa a faltar às aulas, a se desmotivar e a produzir baixo rendimento. O excesso de exigência, com vista a uma competência refinada, cada vez mais se instala em todos os aspectos da vida.
As atividades são pensadas, pelos pais, como uma preparação necessária para um futuro mercado de trabalho exigente e competitivo. Elas sempre existiram, mas, agora, são outros os níveis de exigências, outras expectativas. Antes eram complementares ou passatempos, hoje, surge o fator competitividade,  encarado não  só no plano individual, mas comparado a um outro. Quando isso ocorre, pode se tornar perigoso porque coloca a criança, muito cedo, em frente de batalha.
Por outro lado, as atividades extracurriculares são importantes instâncias de socialização, principalmente para crianças e jovens muito tímidos. Surgem, contudo, dilemas entre os pais de qual o melhor procedimento: crianças agendadas ou crianças livres? Para psicólogos da área infantil, como Aurora Isasmendi, o importante é atender as demandas pessoais, não se podendo, assim, falar em regra geral. Aos pais competem observar o andamento, o rendimento, se a criança não demonstra cansaço e se não começa a fracassar nos estudos.
Nestes tempos, em que o comum são os pais trabalharem o dia to-
do, as atividades extracurriculares podem ser a solução para que os filhos não dispersem seu tempo, adquiram competência, não se deixando consumir pela TV. Elas são, de um modo geral, consideradas boas e necessárias, mas devem ser acompanhadas com cuidado, para não produzirem efeito negativo, reações de estresse, traduzidas por enxaquecas, dores de estômago, problemas de conduta e insônia.
É preciso  apegar-se  aos centros de interesses e ao desenvolvimento evolutivo de cada criança e oferecer atividades adequadas à sua idade.  Pergunta-se: até que ponto estamos respeitando os ritmos evolutivos e as motivações de nossa criança  e até que ponto estamos desraizando-a demasiado cedo da família? Não estamos limitando sua felicidade lúdica? Qual a educação apropriada para o desenvolvimento do nosso filho? Tentar ajustá-la às suas necessidades físicas, sociais, emocionais e cognitivas, como, também, às características sociais e ao trabalho da família.
“Desejaria que cada pai pensasse com a cabeça e agisse com o coração,  que conseguisse captar o que agrada ao filho e o que o contraria”. (Isasmendi).
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terça-feira, 19 de outubro de 2010



Reportagem da EPTV Ribeirão Preto com sr. Francisco Grispino, esposo de Izabel Sadalla Grispino, responsável pela propagação das obras. 
Através do Marketing Digital, aumentamos o número de visitas no site, aumentando também o número de leitores e seguidores das obras de Izabel.


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ao Professor


Uma pequena homenagem àqueles que se dedicam ao privilégio de ensinar. 
Parabéns Professores, mestres do saber! 

AO PROFESSOR

Querido professor,
Não desanime, vá avante,
Da humanidade é luz do esplendor,
É sol que brilha em terra exuberante,
Estrada iluminada,
Luzeiro de escuras madrugadas!

Sem você, a sociedade esmorece,
A criança perde seu futuro,
Você é, de todos, a mais bela prece,
O sonho que surge prematuro,
A fé que a esperança carece,
O brilho que nunca desaparece.

Embora pouco reconhecido,
E, pouco prestígio alcança,
Com Jesus é parecido;
Seu devotamento, transpassado de lança,
Tem como maior recompensa,
A luta, para que seu aluno vença.
Assemelha-se ao pesado arado,

Que remove a terra, prepara o plantio,
Joga-se o grão adubado,
Que vencerá o inverno e o estio,
Com a chuva, a colheita é abundante,
A terra sorri em seu veludo verdejante!

Você, professor, vai além,
Prepara, aduba, planta, conquista,
Trata da semente como ninguém,
Da mente e da alma é um especialista;
Você é o amanhã de suave brisa,
O construtor, que a sociedade mobiliza ou paralisa!



"Que a nação passe a compreender que sem professor não há ensino
e sem ensino não há pátria altaneira. Que haja uma consciência
nacional sobre a função insubstituível do professor para a
sociedade e para a vida como um todo."
Izabel Sadalla Grispino

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Descansar em Deus


A vida é complexa demais!
Os conflitos internos se avolumam,
Choques de interesses são freqüentes,
A má índole se desenvolve naturalmente.

Vivemos num mundo de guerras,
Guerras entre nações, guerras abertas,
Guerras veladas no convívio social,
Aquelas que destroem o alto astral.

Felizes os que se recolhem e meditam,
Felizes os que na paz acreditam,
Os que têm a capacidade de se isolar
Dos maus espíritos se ausentar.

Nesse mundo tão conturbado,
De respeito anulado,
Meditar Deus é a saída,
Nele, encontrar doce guarida.

Em Mt. 11-28, as palavras de Cristo:
“Vinde a mim, vós que estais cansados
E oprimidos, sob o peso de vosso fardo,
E eu vos aliviarei”. 


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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

PARA VOCÊ PENSAR:

Certa lenda conta que estavam duas crianças patinando em cima de um lago congelado. Era uma tarde nublada e fria e as crianças brincavam sem preocupação.
De repente, o gelo se quebrou e uma das crianças caiu na água.
A outra criança, vendo que seu amiguinho se afogava debaixo do gelo, pegou uma pedra e começou a golpear com todas as suas forças, conseguindo quebrá-lo e salvar seu amigo.
      Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido, perguntaram ao menino:
-- Como você conseguiu fazer isso? É impossível que você tenha quebrado o gelo com essa pedra e suas mãos tão pequenas!
     Nesse instante apareceu um senhor e disse:
     – Eu sei como ele conseguiu.
     Todos perguntaram:
     – Como?
     O senhor respondeu:
     – Não havia ninguém ao seu redor para dizer-lhe que ele não seria capaz”.

(Autor Desconhecido)

(Capítulo do Livro Prática Pedagógica, escrito por Izabel Sadalla Grispino)


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terça-feira, 5 de outubro de 2010

Claridade que ficou para trás


Do alto da minha varanda,
Meu olhar se perde no horizonte,
Lembranças me vêm em ciranda,
Unindo o hoje e o ontem.

Tempos distantes, doce aurora,
Nostalgia que bate à porta,
Por uma era que foi embora,
Que de amor floriu minha rota.

São tempos que não voltam mais,
São saudades que na alma choram,
Que aprofundam os tristes ais;
No rosto, as lágrimas afloram.

Que colorido na distância!
Quanta vida nesse hangar,
Ó minha querida infância,
Ó juventude, seu vibrar!


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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Entender o comportamento infantil, seu desenvolvimento, suas características, são fortes ingredientes para o sucesso da aprendizagem nesse nível de ensino. Deparamos com uma vertente educacional que afirma ser a música uma poderosa ferramenta na educação infantil. Pode estimular a coordenação motora, ajudar na alfabetização, desenvolver a auto-disciplina e facilitar a convivência social das crianças.
Acredita-se haver realmente benefícios na iniciação musical para a criança pequena. A orientação é para o aprendizado mais intuitivo, diferentemente do modelo tradicional de ensino, que favorece a reprodução e prioriza a técnica. “O importante é perceber, sentir, experimentar, criar e refletir”, diz a educadora e musicista Teca Alencar de Brito, autora do livro Música na Educação Infantil. As crianças tímidas, aos poucos, conseguem se soltar, expressando seu modo de ser e adquirindo segurança para se colocarem de uma maneira mais aberta. As crianças que precisam aprender a ter limites são estimuladas a respeitar o outro por meio de atividades grupais”, reforça a autora.
É importante trabalhar todo tipo de música, explorar toda atividade que esta arte permite. Importante desenvolver na criança e no jovem a capacidade de reconhecer formas de expressão, modos de ser dos povos e das culturas diferentes. A música contribui para superar preconceitos e quanto menores as crianças mais abertas estarão para a diversidade.
Entre as atividades propostas para essa área está a criação de instrumentos musicais, aproveitando-se de sucatas. Nessa elaboração, a criança vai entendendo, na prática, questões ligadas à acústica, à produção de sons, ao mecanismo e funcionamento de instrumentos. Ao fazer um chocalho, decide se quer colocar grãos de milhos, pedrinhas ou feijão em seu interior, iniciando-se no entendimento de timbre.
A música é considerada uma nobre fonte afetiva e deve ser explorada pela escola e pela família. Teca opina, dizendo: “Deve-se cantar para o bebê, seja em casa ou na creche, assim como em todos os estágios da vida”. É importante isso acontecer num ambiente de carinho, de amor, trazendo segurança e apoio, remetendo a criança ao estágio de vida intra-uterina.
Aliás, a música sempre foi considerada um valioso recurso didático para as escolas. Já há experiências pedagógicas concretas da utilização da música, em formação de corais, para a recuperação de alunos rebeldes, dispersos, problemáticos. Os alunos envolvem-se na atividade, entusiasmam-se pelo protagonismo nas apresentações, quer na escola,  quer na comunidade e passam a ser mais responsáveis. O prazer da música contamina e traz o prazer de estudar; muda o ambiente e a aprendizagem melhora gradativamente.
Nas escolas, um fundo musical nas salas de aula, em determinadas situações – com peças clássicas, suaves, com composições inesquecíveis de Mozart, Schubert, Chopin, Beethoven, Mendelssohn, Handel, Villa-Lobos, entre outros – educa o ouvido, sugere, desperta o sonho, a criatividade, a imaginação, trabalha a alma, ajuda na concentração, na elaboração de textos e de poemas.
 A poesia é um outro valioso recurso didático de que a escola deve se apropriar. Enseja ao aluno externar seus sentimentos, expor sua visão de mundo.
A música vem, com força, sendo redescoberta em seus variados ângulos, exaltada como portadora de equilíbrio. Nos hospitais é cada vez mais recomendada, como terapia aos doentes. A música acalma, suaviza a dor, incentiva a capacidade de sonhar, abre as portas da esperança. Ela se encarrega de levantar o astral do doente, encorajando-o à recuperação.
A música na escola não se constitui mais em uma disciplina específica como era antigamente, mas há várias maneiras de introduzi-la no currículo, de abrir-lhe um espaço, em trabalhos individuais ou coletivos, isolados ou interdisciplinares. A escola deve, inclusive,  voltar, através dela, a desenvolver o sentimento cívico, o amor à pátria, fazendo os alunos cantarem os hinos pátrios.
A música, segundo recentes descobertas, não é privilégio do gênero humano. A revista Science publicou resultado de pesquisas assinalando de que no reino animal o gosto pela música existe há dezenas de milhões de anos. Há um instinto musical que antecedeu, em muito, a raça humana e pode estar bastante difundido na natureza, diz a revista.
A biomusicologia estuda o papel da música em todas as coisas vivas. Mostra não ser privilégio dos seres humanos a habilidade de compor música; um certo número de animais produz música e não apenas sons e trinados esparsos ou cacofonia. Uma análise de melodias entoadas por pássaros e baleias corcundas – também chamadas jubartes – mostrou que esses animais convergem para as mesmas opções acústicas e estéticas e seguem as mesmas leis de composição melódica proferidas pelos humanos. Dizem os pesquisadores que as jubartes machos usam ritmos como os encontrados na música humana e frases musicais de duração similar. As baleias têm um alcance vocal de no mínimo sete oitavas, mas tendem a cantar cadenciadamente, com intervalos musicais, ao invés de passar rapidamente de uma oitava para outra, ou seja, cantam dentro de uma clave. Outro fato impressionante é que as músicas das jubartes têm refrões e rimas.
Os pássaros também compõem músicas com as mesmas notas, va-
riações rítmicas, padrões harmônicos e relações de tons encontrados em composições humanas. O tordo-eremita canta na chamada escala pentatônica, na qual as oitavas são divididas em cinco notas. A corruíra-do-brejo da Califórnia, canta até 120 temas, em uma única “sessão”, com cada tema repetido por seu vizinho imediato, numa espécie de diálogo sonoro.
Alguns pássaros usam até instrumentos, escrevem os pesquisadores. A cacatua da Austrália escolhe um tronco de árvore com determinada ressonância e em seguida arranca um de seus galhinhos para usar como baqueta.
Se há um instinto musical, se a música é inerente ao ser humano, à natureza, ela deve se constituir em força propulsora de sublimes realizações.          

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