sexta-feira, 30 de julho de 2010

Alma Bem Formada


Se alguém tem frio e bate à sua porta,
É porque sabe que você tem o agasalho,
Se chora, é porque tem o lenço que conforta,
Se desempregado, espera de você um trabalho.

Na ferida, faça-lhe um curativo,
Se desejar falar, procure ouvi-lo,
Não lhe negue esse lenitivo,
Embale sua alma com estímulos!

Se alguém bate à sua porta com fome,
É porque sabe que você tem o alimento,
Talvez, quem sabe! Há tempos pouco come!
Levado por contínuos abatimentos!

Se tem dúvida e busca em você socorro,
É porque sabe que é capaz de indicar o caminho,
O aconselhamento é o melhor soro,   
Fortifica e massageia o ego com carinho.

Se a pessoa está temerosa,
A maior ajuda, nesse momento, é o amor,
Dê-lhe uma assistência calorosa,
Aproxime-se e testemunhe seu fervor.

Ninguém bate em vão em sua casa,
Fique atento e pondere a situação,
Virar as costas é como quebrar as próprias asas,
Ninguém voa com pesado coração!




Siga-nos no Twitter! @grispino
Acesse nosso Site! www.izabelsadallagrispisno.com.br


Reflita sobre o Pai Nosso!


Reflita sobre a nossa cotidiana oração, sobre
os valores nela contidos e sobre a correspondência,

a ela, de nosso comportamento.


“Pai-Nosso”: não podemos dizer Pai-Nosso, se não conseguirmos ver no outro um irmão;

“Que estais no céu”: não podemos assim dizer, se não acreditamos que, além desse mundo, existe um outro;

“Santificado seja o Vosso nome”: agredindo, desrespeitando, injustiçando, estaremos santificando o Seu nome?

“Venha a nós o Vosso reino”: o reino de Deus é de paz, paz que advém da prática da bondade, da justiça. Estamos deixando o amor crescer dentro de nós, para merecermos o Seu reino?

“Seja feita a Vossa vontade”: a vontade de Deus e não a nossa. Estamos agindo com resignação? Aceitamos o nosso destino ou estamos sempre revoltados?

“Assim na terra como no céu”: estamos praticando as boas ações para merecer o céu? Acreditamos ser a vida uma passagem, compreendida como trânsito terreno de retorno a Deus?

“O pão nosso de cada dia, nos dai hoje”: referência ao trabalho. Estamos nos dedicando, nos esforçando para não faltar o pão? Ganharás o pão com o suor de seu rosto”, nos diz a Bíblia. Estamos desfrutando do dia de hoje ou desprezando o hoje pelo amanhã. O amanhã só se sustentará pelo hoje;

“Perdoai as nossas ofensas”: fazemos ato de contrição, em arrependimento sincero de nossos erros, em repetidos exames de consciência? Queremos o perdão, mas sabemos perdoar, ou somos rancorosos e vingativos?

“Assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”: estamos nos orientando, na vida, pela compreensão ou pela crítica maldosa, pelo julgamento inflexível? “Quem estiver isento de culpa, que atire a primeira pedra”, conclamou Jesus e advertiu-nos: “orai, não apenas pelos amigos, mas também pelos inimigos”. Os maus são vítimas de si mesmos, prejudicam muito mais a si que ao outro. Ninguém é mau porque quer. Quem conhece a luz jamais quer a escuridão;

“E não nos deixeis cair em tentação”: estamos nos fortalecendo na fé, na devoção? Estamos nos escorando na consciência, na humildade, destronando a soberba vaidade, a fim de ficarmos mais distantes da tentação?

“Mas, livrai-nos do mal”: estamos caminhando em direção oposta ao mal, guiando-nos pela verdade, pela justiça, pela solidariedade?

“Amém”: Não podemos dizer amém, se não concordamos ou se não tivermos o firme propósito de viver de acordo com os ensinamentos da oração. Ao dizer amém, estamos selando um pacto com os preceitos contidos no “Pai-Nosso”.




Siga-nos no twitter! @grispino
Conheça mais obras de Izabel Sadalla Grispino! Clique Aqui!




quinta-feira, 29 de julho de 2010

Acreditar


O caminho estava escuro,
Mas era preciso continuar,
À sua frente, um encargo duro,
A cruz lhe pesava ao caminhar.


Em volta só neblina,
E dor, sem aspirina!


No meio da estrada, tropeça e cai,
O mormaço toma conta do ar,
Olha pro alto, a esperança se esvai,
No céu, nenhuma estrela a brilhar.


Avança na amplidão,
Pede a Deus proteção!


Lentamente, desponta o horizonte,
Sua alma começa a acreditar,
Na coragem, constrói uma ponte,
Na persistência, o sol veio a brilhar.


Ele agarrou o seu ideal,
Nele pôs todo o aval!

Siga-nos no Twitter! @grispino

A EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE TÉCNICO


O técnico sempre foi visto pela sociedade como uma função menor, menos conceituada e, por isso, desprezada pelas classes sociais mais altas. A freqüência ao ensino técnico parecia aos jovens um jogo de cartas marcadas, no qual eles aprendiam, desde cedo, a cultivar um certo ceticismo acerca das perspectivas que esse ensino lhes oferecia. Viam nele um futuro menos promissor.
A extinta Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei de n° 5.692/71, promoveu um ressurgimento dos cursos técnicos, que, na realidade, não produziram o efeito esperado. Houve um desvirtuamento da função: as escolas técnicas federais, de equipamento priorizado e de professores com melhores salários que os da rede pública, passaram a ministrar um ensino de qualidade bem superior às das demais escolas públicas e, por isso, serviram de trampolim para a universidade. Na realidade, elas não estavam formando técnicos; a maioria dos alunos as procurava buscando a formação acadêmica de alto nível. Após receberem o diploma de técnico, iam disputar as vagas nas melhores universidades públicas e sempre com sucesso. Um estudo mostrou que entre as 10 escolas secundárias de São Paulo, que melhor preparavam seus alunos para o vestibular, estava a Escola Técnica Federal Paulista.
A procura pela parte acadêmica das escolas técnicas as distanciou do mercado de trabalho. O acesso a elas passou a ser através de “vestibulinhos”, nos quais saíam vencedores os alunos provenientes das boas escolas particulares. E, “o dinheiro público investido no que deveria ser um programa de formação de técnicos, dos quais o País desesperadamente necessitava, acabou ajudando a preparar novos profissionais liberais em áreas já saturadas (...). As escolas técnicas federais tornaram-se excelentes escolas acadêmicas, foram capturadas pela classe média-alta e se eletizaram. Deixaram de cumprir sua função original, que era a de preparar mão-de-obra intermediária de bom nível e passaram a formar candidatos para o vestibular a um custo de US$ 4,5 mil por aluno”, diz Cláudio de Moura Castro, considerado o mentor do projeto do MEC para a reforma do ensino médio.
O propósito, ao separar no ensino médio a parte acadêmica da parte técnica, foi a de levar esse ensino a redescobrir sua missão e oferecer técnicos de primeira linha, como são, em geral, os do Senai e Senac.
Mesmo com o aumento da criação dos cursos técnicos, continuava a corrida para os cursos superiores, sem um controle, sem um balanceamento das necessidades sociais. O Brasil, aliás, é conhecido pela longa tradição na valorização excessiva do diploma de nível superior, da busca do “status”, do título em si, hoje, com alguns dados agravantes, como a crise vigente do desemprego, em áreas que se tornaram quase impraticáveis. Eça de Queiroz via o Brasil como um País de doutores e Rui Barbosa assinalava-nos como um País de bacharéis.
Na contemporaneidade, essa concepção começa a mudar. Há um início de reviravolta; mudam-se os rumos da atuação profissional. As profissões técnicas começam a descortinar-se alentadoras, com colocações vantajosas de trabalho, especialmente se o profissional tiver habilidades para diferentes ocupações.
O PROFISSIONAL GLOBALIZADO – Vivemos uma época de reformulação completa dos vínculos empregatícios. No impacto da globalização, o que vem ocorrendo é a diminuição do trabalho sob a forma de emprego permanente numa única empresa e num mesmo local. Antigamente, era mais fácil associar uma pessoa a uma profissão, a um emprego, a uma empresa. Parece que a época da supervalorização do diploma está cedendo lugar para a época do profissional globalizado, em que a especialização não prejudique a amplitude do conhecimento. Um profissional multifuncional, que sabe fazer variadas tarefas. O mercado de trabalho está muito interligado.
Nossa era é a da informação e está exigindo  o que se convenciona chamar de conhecimentos transportáveis de uma ocupação para outra. A rotatividade das funções está pedindo um profissional polivalente, em permanente flexibilização e adaptação. Muitas empresas não estão dando mais a ênfase que davam no passado à especialização indicada pelo diploma. O que mais interessa são as competências e as habilidades para variadas tarefas. A demanda é por profissionais com conhecimentos transportáveis entre ocupações.
O conhecimento, a versatilidade, a criatividade, são as ferramentas básicas do momento atual. A indústria anda precisando mais de engenho e de empenho na  inovação do que propriamente de dinheiro. O publicitário norte-americano George Lois diz: “Hoje, uma idéia que esteja cinco anos à frente de seu tempo já não é mais uma boa idéia”.
Um estudo desenvolvido na Inglaterra demonstrou que entre os futuros executivos as prioridades não incluem mais apenas trabalho e dinheiro. Eles possuem expectativas bem diferentes das gerações anteriores. Os valores mudaram: conhecimento e habilidades pessoais são vistos como prioritários. O desenvolvimento pessoal levando a habilidades pessoais é o principal valor apontado pelos melhores alunos, seja em Oxford, seja na Universidade de Tóquio ou na London School of Economics. O universo pesquisado incluiu as três principais universidades na área da administração nos Estados Unidos, na Grã-Bretanha, no Canadá, na Holanda, na Alemanha, na França, na Coréia do Sul, no Japão, na África do Sul e na Austrália. O crescimento pessoal alcançou a pontuação máxima nas ambições dos jovens para os próximos 10 anos.
No meu livro “Prática Pedagógica” (Estruturando Pedagogicamente a Escola), no tópico “O ensino técnico e suas oportunidades educacionais”, na página 114, eu digo: “Andrew Grove, o “Homem do Ano”, da Time (98), recomenda: “Fique atento às mudanças. Não resista a elas. Procure entendê-las. Encare-as, não como problemas, mas como soluções. O mercado vive a supremacia da informação.  Já se apregoa que a boa formação do futuro tem que estar apoiada em dois vetores: o da formação do consumidor da cultura e o do produtor de cultura. O analfabeto funcional não é só aquele que simplesmente aprendeu a ler e a escrever, mas aquele que não cultivou o exercício continuado da leitura e da escrita na sua forma evoluída de pensar, de criar, de raciocinar, de criticar”.
* Supervisora de ensino aposentada.        
(Publicado em agosto/2005)

Siga-nos no Twitter! @grispino
Leia mais artigos no nosso site

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A VIDA NA VIRADA DO TEMPO

As ondulações do ritmo da vida,
A passagem pelas diferentes fases,
Estampam características iguais,
Dão, a cada etapa, sentimentos especiais.


A infância é a aurora que desponta cor-de-rosa,
O olhar curioso para um mundo encantado,
Conto de fadas, permeando o imaginário,
Ingenuidade acariciada, alegria por quase nada.


Aos 18 anos vivemos o sonho do paraíso,
A crença no futuro, a descoberta do amor,
Conquistar o mundo, coragem para voar,
São alentos que a vida coloca para os degraus se escalar.


30 anos, idade em que a pessoa se sente plena,
Busca avidamente a sua realização,
Já tem um passado a olhar e com ele se engrena,
Constitui família, se firma na profissão.


Aos 40 e 50 anos as desilusões vão se acentuando,
As linhas do destino sua face delineando,
Fica patente o egoísmo, a hipocrisia,
E o ser embarca numa guerra fria!


Chega-se à idade madura, à velhice,
As inquietações vão se acalmando, se equilibrando,
Já se descarregou, pelo caminho, fardos pesados,
Jogou-se fora muita coisa, o barco ficou menos carregado.


Na velhice, há a contrapartida da fé, do conforto da oração,
A profunda convicção da prática do bem,
O despejar das vaidades, o coração valorizado,
Onde a paz torna-se chave do seu principado.


Siga-nos no Twitter! @grispino
Leia mais poesias no nosso site! www.izabelsadallagrispino.com.br

A vida e seu grão de Felicidade



Cada um tem, ao longo de sua vida,
Um pedacinho de felicidade,
Ele vem em fase indefinida,
Dá seu recado e volta pra saudade.


O resto é só mais um sobreviver,
Um calejar que vai até o fim,
Essa lembrança feliz para o ser,
É o orvalho que cai no jardim.


É a certeza que existe o paraíso,
Que o perdemos, mas que vale encontrá-lo,
Mesmo que seja em um breve sorriso,
E por Deus, neste momento, louvá-lo.


Viver é desbravar mata cerrada,
Tropeços, espinhos e desencontros,
Pilotar águas turvas, luta armada,
É cruz que cada um carrega nos ombros.


Olhando ao redor, vê-se a oscilação,
Uns têm sua glória mais no início,
Outros, só pro fim, louvam seu quinhão,
Caminham mirando o precipício.


Quando estiver longe o seu calvário,
Viva o seu pedacinho em plenitude,
São contas de ave-marias do rosário,
É fresta do céu, nessa negritude.


terça-feira, 27 de julho de 2010

A escola Inclusiva

A política oficial, já há algum tempo, desde 1996, prevê a inclusão dos portadores de deficiência, na rede regular de ensino. Contudo, em agosto de 2001, o ministro Paulo Renato Souza, regulamentando a Lei de Diretrizes para a Educação Especial, assinou resolução, pela qual as escolas públicas do País deverão atender estudantes com necessidades especiais.
Infelizmente, essa é mais uma mudança, na estrutura de ensino, imposta a uma rede pública desaparelhada, despreparada para recebê-la. É um “Deus nos acuda”, uma perspectiva nada animadora, conforme já se constata em avaliações. A falta de informações ou o despreparo para lidar com a educação inclusiva faz com que os próprios professores, inconscientemente, discriminem os alunos. Isolam-nos, não os motivam, acabando por marginalizá-los, no processo de ensino. Professores que deixam os alunos com deficiência visual acentuada, ou cegos, sentados ou bem na frente da classe ou bem no fundo, na intenção de protegê-los, e acabam por excluí-los do convívio social da classe. Professores que, inadvertidamente, citam, conforme relato de pesquisas, o aluno deficiente como exemplo e que acaba por diminuí-lo perante os colegas, dizendo: “Se até ele consegue, vocês podem conseguir também”.
Para que essa educação venha obter sucesso, é preciso dar estrutura de aprendizagem. É preciso que seja uma inclusão responsável para não comprometer o avanço dos alunos portadores de deficiência. É importante treinar os professores, produzir material de apoio, principalmente para portadores de deficiências visuais e auditivas, assim como adaptações de títulos didáticos para o sistema braile. As escolas devem possuir as chamadas  salas de recursos, equipadas, para facilitar a aprendizagem. Possuir professor de braile, acontecendo, por vezes, ter a sala, mas não o professor.
O que se nota, na maioria das escolas da rede pública, é ausência de infra-estrutura. Ausência de instalações especializadas, de rampas, carteiras anatômicas e, principalmente, faltam professores capacitados para lidar com o aluno deficiente.
Uma outra barreira a se vencer, em relação aos alunos portadores de deficiência, é o preconceito. Preconceito da sociedade, da escola, dos pais e até mesmo dos professores. Quando o processo de ensino da educação inclusiva é bem conduzido, administrado por professores competentes, habilitados para a área, ele consegue resultados animadores. Consegue formar indivíduos ajustados, produtivos, capacitados para exercerem tarefas que vão desde as mais simples às mais complexas. A sua inserção, em salas regulares, ajuda-os a vencer, a se integrar melhor na sociedade.
O que mais se necessita, para o sucesso da educação inclusiva, é o apoio a ser dado ao professor, à sua capacitação. Permanecendo, apenas, em instituições especializadas, os alunos deficientes acabam perdendo o convívio social, sem saber como lidar com as pessoas em sociedade. Instituições que só atendem alunos deficientes, adotam, costumeiramente, métodos “mecanicistas”, que tendem a nivelar as crianças. Na inclusão, adota-se uma linha alternativa e mais democrática de ensino. Falta, sobretudo, à rede pública aprender a desenvolver projetos que abram oportunidades educacionais adequadas a essas crianças.
A Educação Inclusiva surgiu na Europa na década de 1950 e, hoje, já é uma realidade. Segundo dados estatísticos, a rede estadual paulista atendeu, no ano de 2001, 19.215 alunos com necessidades especiais em salas regulares, de um total de 6,1 milhões de estudantes. Das 5.580 escolas, apenas 695 praticam a inclusão. Mais de 15.000 alunos são assistidos por instituições especializadas, por causa do alto grau de deficiência.
Neste particular, ressalta-se a atuação das “Associações dos Pais e Amigos dos Excepcionais” (Apaes),com seu atendimento primoroso. Fui supervisora de ensino de algumas Apaes e todas elas primavam pela competência, pelo devotamento aos alunos.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, apenas, 2,2% dos brasileiros com deficiências físicas e mentais recebem atendimento educacional. Dentre os 17 milhões, só 374 mil são atendidos pela rede pública ou por instituições privadas, em parceria com o governo federal.
Algumas escolas particulares de ensino regular têm projetos bem sucedidos de inclusão de estudantes especiais. Promovem orientação pedagógica específica, resultando em trabalho diferenciado. São escolas que, em atenção às diferenças e às necessidades dos  alunos, mantêm em classe, no máximo, 15 alunos, permitindo ao professor atendimento individual, acompanhar de perto as dificuldades de cada um, colocando somente um ou dois alunos especiais por classe. Escolas há que adotam, como método estimulador da afetividade dos alunos, a presença de animais na escola: pôneis, cabritos, ovelhas, coelhos, tartarugas, patos e outros. Os animais favorecem a integração entre os alunos.
Há escolas que oferecem atividades de inclusão social. Dão cursos de Preparação e Qualificação Profissional, em que os alunos são encaminhados para o mercado de trabalho. Ensinam o ofício de padeiro, confeiteiro, de atendimento ao público, de auxiliar de escritório, de ajudante de cozinha, entre outros. Para a inserção da mão-de-obra dos portadores de deficiência, no mercado de trabalho, há muito preconceito e desinformação. O preconceito é, ainda, a maior barreira, na colocação de pessoas especiais, no trabalho.
Empresas que empregam portadores de deficiência dizem dar a eles tratamento igual e as responsabilidades são cobradas como de qualquer outro empregado, sem paternalismo e que a correspondência é muito boa. Eles são aproveitados em livrarias, supermercados, lanchonetes, videolocadoras, doceiras, escritórios, especialmente, de advocacia.
A escola de ensino regular, ao receber o aluno portador de deficiência, ao trabalhar o preconceito, ela está difundindo o sentido de igualdade de oportunidades a esse aluno; está desenvolvendo, entre os alunos, a formação humanística e, sob esse prisma, a integração virá bem mais forte e mais consistente.
* Supervisora de ensino aposentada.      
(Publicado em junho/2002)


Siga-nos no Twitter! @grispino

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A Professorinha


Chiquinha queria aos jovens falar,
Não aceitava malcriação,
Chamava-os para conversar,
Quando faziam uma má ação. 

Se a pessoa por ela passava,
Não olhasse pra cumprimentá-la,
Desolada, a Deus apelava,
Para que cuidasse de ensiná-la.

Eram jovens do nosso passado,
Respeito aos mais velhos mantinham,
Mas, sempre havia um bem enfezado,
E, os que maus modos continham.

Porém, hoje, a balbúrdia é geral,
Difícil quem respeita quem,
A caçoada é zorra total,
Dela, não se perdoa ninguém.

Chiquinha, agora, mora no céu,
Não mais enxerga o mal que aí tem,
Deus livrou-a desse triste escarcéu,
Do sangue que escoa em Jerusalém


sexta-feira, 23 de julho de 2010

A Feiticeira



Era uma vez uma jovem feiticeira,
Caprichava nos encantos da sedução,
A força divina era a sua companheira,
O universo era a grande devoção.


Sabia que a luz forte a visão escurece,
Queria os matizes suaves, inspiradores,
Sabia que o ódio a alma queima, a mente empobrece,
Queria o amor, os nobres fluídos geradores.


Pôs no feitiço dos sentidos uma ponte,
Foi à alma, ouviu sua verdade, veio a plenitude,
Visão do prazer moderado, consistente.


Enfeitiçando a alma em suas virtudes,
Conquistou a paz, abriu do mundo a porteira,
Feitiço sábio, a favor da feiticeira.


Comente esta Poesia!


Siga-nos no Twitter! @grispino
Leia mais Poesias! Visite nosso Site